Como as alterações climáticas afetam na fenologia e produção das culturas

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Como é que as alterações climáticas estão afetando a agricultura mundial?

Esta é, sem dúvida, uma pergunta recorrente que não passará desapercebida nos próximos anos. As alterações climáticas representam o principal desafio ambiental que a humanidade enfrenta atualmente e representam um risco real para a atividade agrícola.

O aquecimento global está alterando a fenologia de grande parte das culturas do mundo, razão pela qual estão sendo realizados estudos importantes em todo o planeta para desenvolver novas técnicas aplicadas à agricultura que nos permitam adaptar-se a este novo cenário.

Quais são os principais efeitos e consequências das alterações climáticas?

  1. Desequilíbrios climáticos a nível mundial
  2. Aumento do nível do mar
  3. Fenômenos meteorológicos extremos e inundações
  4. Ondas de calor
  5. Secas e desertificação
  6. Degradação do solo
  7. Aumento da presença de pragas e doenças

Como em qualquer crise, há grandes prejuízos e beneficiários, e a crise climática que a humanidade enfrenta não seria diferente. Um exemplo claro é o setor vitivinícola, que nos últimos anos viu a cultura da vinha ser gradualmente transferida para zonas de maior altitude e tradicionalmente de menor radiação solar, mais afastadas do equador. Esta mesma razão, associada ao desenvolvimento de novas variedades, permitiu aumentar a superfície agrícola em países como o Reino Unido ou a Alemanha.

Mudança climática e fenologia vegetal

Pelo contrário, as regiões com maior escassez de água tendem a desertificação, deixando pouco espaço para adotar práticas de gestão sustentável, vitais para a conservação dos recursos hídricos.

Sabia que, na Espanha ou na Itália, cerca de 90% da superfície própria para a cultura da vinha deixará de o ser em algumas décadas? Mesmo cumprindo o objetivo pactuado no Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura abaixo dos 2ºC, estima-se que 56% da superfície de cultura tradicional permaneceria imprópria (dado: Revista Científica PNAS).

Perante este cenário, nos deparamos com diferentes medidas de adaptação estratégica em relação às alterações climáticas:

  • Desenvolvimento de novas variedades com maior resistência a condições climáticas adversas e aumento de T.
  • Biotecnologia aplicada à agricultura para desenvolver novas soluções que melhorem o estado fisiológico das plantas.
  • Novas zonas de cultura deslocadas ao norte para manter a produção de variedades tradicionais.
  • Deslocar a época de plantação de certas culturas de verão para outono/inverno.

Ação sobre a mudança climática

Mas que efeito tem realmente o aumento das temperaturas a nível global na produção das culturas?

Considerando o aumento das estações quentes, é lógico pensar em uma aceleração da brotação e como consequência da floração em grande parte das culturas. Portanto, poderia verificar-se um aumento produtivo, especialmente nas regiões do norte da Europa e do continente americano.

No entanto, em muitos outros casos em que determinadas espécies exigem a acumulação de um mínimo de horas de frio abaixo dos 7ºC para sair do repouso invernal, pode constituir um problema para os agricultores.

Mudança climática na dormência das culturas

Outro dos fatores que provocam as alterações climáticas é o aumento incessante do CO2 atmosférico, cujo efeito provocou alterações significativas nos ecossistemas da fauna e da flora.

No entanto, de acordo com um estudo publicado pela revista Nature Climate Change, foi possível observar, por meio de satélites, como o dióxido de carbono permitiu aumentar a superfície vegetativa da maior parte das regiões do planeta.

Você sabia que as regiões do mundo são hoje 40% mais verdes do que há 33 anos? Durante este período, a massa vegetativa do globo só recuou 4%.

Isso é devido ao efeito da fertilização carbônica, uma técnica frequentemente empregada para reduzir o esgotamento de CO2 e aumentar a produção de culturas em estufa. A grande diferença é que este efeito ocorre involuntariamente a nível global, provocado pelo aumento de CO2 na atmosfera devido à influência antrópica.

Apesar deste fenômeno, os inconvenientes associados ao aumento dos níveis de dióxido de carbono permanecem incontáveis. Isto deve-se precisamente ao desequilíbrio que se verifica entre a emissão e a absorção deste gás, ampliando os efeitos das alterações climáticas.

Desde Kimitec, trabalhamos em diferentes linhas de pesquisa para atenuar os efeitos do aquecimento global através da biotecnologia aplicada à agricultura. A nossa equipe de cientistas e técnicos trabalha continuamente para desenvolver produtos que ajudam a combater o stress das plantas.

Algumas das soluções naturais radicalmente inovadoras apresentadas como grandes aliados são os bioestimulantes como Batallón, Rhyzo ou Bombardier, de origem vegetal, obtidos por fermentação bacteriana, que ajudam a atenuar situações de estresse da cultura.

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