Experimento in vivo protótipo do bio-herbicida

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No post anterior, explicamos a pesquisa que estamos realizando para desenvolver uma alternativa natural ao glifosato. A tarefa é complicada porque, além de natural, queremos que tenha a mesma eficácia do que o agroquímico que queremos substituir. É uma tarefa árdua, mas sabemos que somente com um produto deste tipo conseguiremos cumprir o nosso objetivo de transformar a agricultura convencional numa agricultura natural sem resíduos, sem bio-acumulação, que respeite o meio ambiente e a saúde das pessoas, mas que também seja eficaz assim como o modo de produção conhecido como convencional.

Atualmente, iniciamos a fase de screening HIT to LEAD (H2L) contra as diferentes ervas daninhas principais. Para isso, desenvolvemos e/ou adaptamos diferentes ensaios in vitro e in vivo, que nos permitam distinguir entre os diferentes mecanismos de ação. Até o momento, conseguimos identificar um total de 10 HITS com níveis de eficácia promissores em relação à testemunha positiva (glifosato), que agora se encontram na fase de screening secundário, para a seu potencial seleção como componentes principais e/ou sinérgicos.

Em seguida, mostramos um desses ensaios in vivo.

Tratamento foliar de contato na pós-emergência das ervas daninhas

Tratamento foliar de contato na pós-emergência das ervas daninhas

 – Na primeira bandeja temos as espécies de ervas daninhas tratadas com um dos protótipos do bio-herbicida em desenvolvimento pela Kimitec.  

 – Na segunda bandeja temos as espécies de ervas daninhas tratadas com a testemunha. 

 Em cada bandeja vemos três espécies diferentes de sementes de ervas daninhas certificadas (da esquerda para a direita):  

1) Lolium perenne L. 

2) Amaranthus retroflexus L. 

3) Portulaca oleracea L. 

Conclusão: Como podemos ver, o protótipo do bio-herbicida que está sendo desenvolvido pela Kimitec mostra uma alta fitotoxicidade na pós-emergência, contra as dicotiledôneas Amaranthus retroflexus L. e Portulaca oleracea L. 

Tratamento via irrigação na pré-emergência das ervas daninhas

Tratamento via irrigação na pré-emergência das ervas daninhas

 – Na primeira bandeja temos as sementes de ervas daninhas tratadas com um dos protótipos do bio-herbicida em desenvolvimento pela Kimitec. 

– Na segunda bandeja temos as sementes de ervas daninhas tratadas com a testemunha. 

Em cada bandeja vemos três espécies diferentes de sementes de ervas daninhas certificadas (da esquerda para a direita):  

1) Lolium perenne L. 

2) Amaranthus retroflexus L. 

3) Portulaca oleracea L. 

Conclusão: Observamos uma diminuição bem significativa (>95%) na germinação da gramínea Lolium perenne L. e uma inibição completa da germinação das dicotiledôneas Amaranthus retroflexus L. e Portulaca oleracea L.

 

*Este projeto está financiado pelo CDTI, onde participamos em colaboração com empresas bem relevantes no setor das azeitonas (De Prado) e no setor dos sucos e frutas frescas (Grupo AMC). Tal colaboração nos permite contar com novos candidatos provenientes dos seus processos produtivos (co-produtos e sub-produtos). Além disso, a De Prado tem uma ampla experiência na aplicação extensiva de herbicidas, o que vai nos proporcionar um suporte adicional nos futuros ensaios de validação em campo do bio-herbicida.

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