Agricultura Orgânica, Biológica, Ecológica e Tradicional

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Há muita desinformação sobre a agricultura ecológica no mundo inteiro. Muitas vezes causada por interesses econômicos de distribuição, produção e outros poderes que envolvem a produção agrícola sob esta filosofia, fazendo com que o consumidor acabe sofrendo por conta desta desinformação. Este artigo tem como objetivo mostrar os prós e contras da agricultura ecológica contra a agricultura tradicional, e dar uma luz sobre este tipo de produção.

Para começar, é necessário que o leitor saiba quais são as diferenças (se é que existem) entre Agricultura Orgânica, Biológica e Ecológica. Embora muitas vezes possa haver confusão devido às conotações perdidas pelo “Lost in translation”, pode-se dizer que “The organic farming”,” L’agriculture biologique”ou “A agricultura ecológica” são exatamente as mesmas.

Como digo, na prática são termos análogos, mas semanticamente, pode haver diferenças:

Agricultura orgânica. Toda a agricultura é orgânica, pois estão envolvidos elementos orgânicos. Não podemos esquecer que tanto os animais quanto as plantas são baseados em uma porcentagem muito alta de Carbono, Hidrogênio e Oxigênio, que são a base da química orgânica. Portanto, qualquer tipo de atividade agrícola pode ser incluída sob este nome.

Agricultura biológica. Novamente, poderíamos entender qualquer tipo de agricultura como biológica, já que estão envolvidos seres vivos (cultura, polinizadores, pragas, microflora e microfrauna, etc.).

No que se diz respeito à Agricultura ecológica, se a abordarmos do ponto de vista da Ecologia, onde um determinado ecossistema é estudado, pode-se dizer que qualquer tipo de agricultura, mesmo a realizada pelas tribos africanas, tem um grande impacto no sistema ou biótopo (plantio, irrigação), e sobre tudo, já que substitui completamente as espécies existentes (ou biocenose) por somente uma espécie e variedade.

Podemos chamá-la de qualquer uma das três maneiras, mas no final das contas, e como uma definição global, podemos dizer que este tipo de agricultura se deve à produção de alimentos agrícolas, sob sistemas responsáveis ??ou de baixo impacto para o meio ambiente, e que utilizam elementos orgânicos ??como insumos para fertilizar e para combater as pragas e doenças, com um baixo ou nulo impacto negativo ao meio ambiente.

A priori, o parágrafo anterior poderia ser desejado por qualquer consumidor que queira que suas maçãs não tenham conhecido uma aplicação de inseticidas ou fungicidas. Mas, hoje em dia, isso é uma utopia, pois a agricultura orgânica não pode alimentar a população mundial inteira (com 7 bilhões atualmente, e crescendo!).

As pessoas precisam saber que, neste momento, os dois modelos de agricultura são necessários, já que a concorrência entre eles faz com que a agricultura tradicional tente reduzir seu impacto, seu uso de pesticidas, seu uso excessivo de fertilizantes e sua completa deslocalização e que, por sua vez, a agricultura orgânica supera cada dia mais o seu rendimento para tentar se igualar no que se refere à produção.

Com isso, não quero dizer que o consumidor que escolha os produtos da agricultura tradicional deva se conformar com os padrões atuais, nós devemos ser críticos e saber o que estamos comendo. Por sua vez, aqueles que decidam comprar produtos de origem orgânica devem tentar certificar-se de que o que estão comendo é realmente desta origem, já que existem más práticas e leis distorcidas de propósito para serem usadas contra o que a agricultura orgânica defende. Esperamos que as mudanças prometidas a partir do início de 2017 ajudem a dar mais força e acima de tudo, credibilidade e confiança ao produtor, e especialmente ao consumidor.

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